SB: Okay. A senhora era mais protetora em relação ao Michael porque ele era muito calmo? A senhora sentiu a necessidade de cuidar mais dele?
KJ: Sim. Ele era bastante forte em tomar conta dele mesmo em muitas situações, mas eu acho que o que me fez ficar próxima dele foi o fato dele ser mais 'frágil'. Assim, quando estavam falando dele sobre o abuso de crianças e todos me diziam, "Não diga nada, ou fará ficar pior!". E do escritório de Michael vinha a mensagem "Não diga nada, ou fará ficar pior!" E eu respondia, " Não pode ficar pior do que já está. Não me interessa o que disserem, eu vou à TV!". E eu fui para protegê-lo dessas coisas. Não que eu pudesse fazer protegê-lo, mas pelo menos eu poderia manter as coisas direitas. Embora não tivessem acreditado em mim, eu falei. Mas eles todos vieram for dinheiro. Sabiam que estavam mentindo e foram à TV de novo e eu disse, " Essas pessoas trabalham para mim, não para Michael." As pessoas tentam ganhar dinheiro por fora.
SB: E quando ele era mais jovem, a senhora sentiu necessidade de protegê-lo? A senhora percebeu imediatamente que dentre todos os seus nove filhos ele era o mais brando do que os outros, que ele era mais sensível e amável do que os outros?
KJ: Sabe, eu o vejo mais sensível que os outros, mas... Eu acho que ele é meio que forte quando tem que ser. Você não vê isso? Ou vê?
SB: Oh, absolutamente, eu vi ontem. Eu te disse. Michael e Frank tinham essa divergência sobre como ele deveria ir ao Carnegie Hall. Absolutamente, sim, ele é muito forte quando tem que ser.
KJ: Aha, é assim que ele é.
SB: Então você também vê isso. Você vê que ele tem essa brandura, mas uma força interior.
KJ: Uma brandura, mas muito forte de um jeito. E ele fica magoado à toa, sabe, porque as pessoas pensam certas coisas sobre ele. Mas ele está meio que 'duro' agora, pois ele teve tantas coisas jogadas sobre ele.
SB: Absolutamente.
KJ: Ele tem pele grossa.
SB: Ele teve que agüentar e superar muita coisa. Absolutamente. Quando ele escolheu ficar em casa... Ele já era grande, mesmo depois de Thriller, ele era agora a maior estrela do mundo.
KJ: Aha.
SB: A senhora pode falar sobre isso? Sobre tudo isso? A senhora... Quero dizer, eu acho muito tocante aquela época e idade quando as pessoas vão para a escola, quando têm uns 17 e não estão mais próximos aos pais... E aqui temos esse cara que poderia obviamente pagar para morar onde quisesse. Mas ele queria ficar na casa dos pais. Umm, então estamos falando sobre Michael ter escolhido ficar em casa. Como seus filhos... Seus filhos se casaram cedo, a maioria deles, quero dizer, os outros rapazes.
KJ: Sim, eles casaram.
SB: E Michael não.
KJ: Não.
SB: E a senhora ficava feliz de tê-lo em casa?
KJ: Sim. Na verdade eu não queria que nenhum dos meus filhos fosse embora, mas as mães são assim.
SB: Certo.
KJ: Sabe, mas eles têm que ir.
SB: Bom, a senhora disse, "É bom que você fique em casa. Você está certo, essa é a decisão correta. Fique até que se case."?
KJ: Não.
SB: Ou a senhora disse à ele, "Você é uma super estrela, você deveria mesmo..."
KJ: Não. Não. Eu nunca quis empurrar meus filhos para saírem da casa ou sabe, como as mamães pássaros... Sabe, empurrá-los e dizer voe? Mas eu queria que eles fossem fortes e capazes de ir, mas quando estivessem prontos... 24, 25 anos.
SB: Ele sempre sentiu que devia proteger a senhora?
KJ: Ele dizia, "Eu vou comprar uma casa para a senhora."
POST 33 -SENDO A MÃE DE MICHAEL
SB: Há muitas estórias que ele conta sobre quando era criança, sobre a senhora. Assim , por exemplo, ele disse que sempre costumava dançar...
KJ: Aha.
SB: E costumava deixar marcas.
KJ: Mhmmm [rindo].
SB: E todos diziam, " Michael pare de dançar." Ou. "Você está fazendo muito barulho." E você costumava dizer, "Não, deixe ele dançar!"
KJ: Sim.
SB: Ele te dá certos créditos à senhora por lhe trazer o talento musical dele mais do que qualquer outro, pois você...
KJ: É mesmo?
SB: Sim, ele sempre me diz. Uma das estórias que temos no livro é que ele sempre costumava dançar e deixar marcas, fazer barulhos, e a senhora sempre dizia, " Não, deixe Michael dançar. Deixe sempre ele dançar."
KJ: Sim.
SB: A senhora se lembra disso?
KJ: Sim, sim. Eu acho que Michael nasceu com isso porque mesmo quando ele era pequenininho, uns três anos, e as crianças costumavam cantar e ele cantava também... Foi isso o que me fez notar que ele era um cantor. Ele estava num canto, e todos estavam cantando e uma perfeita harmonia veio dele e eu pensei, "Meu Deus, de onde ele puxou isso?" E então quando ele tinha uns 5 anos, imaginávamos, "Agora que movimento podemos colocar nessa canção?" Sabe eles faziam coreografias; E ele fazia uma coisa, e os outros diziam, "Não, vamos fazer assim e assim."
SB: Quase como se ele já tivesse isso dentro dele?
KJ: Ele tinha. Ele tinha isso dentro dele. Eu não sei de onde veio e isso me assustou. Assim como você vê algumas coisas em Prince agora e não acredita. E foi com ele [Michael] também.
SB: Houve uma coisa na semana passada que dizia que o queixo de Michael foi cirurgicamente implantado, e quão ridículo ficou. A senhora, como mãe, como se sente sobre isso?
KJ: Pessoas dizem coisas sobre ele?
SB:Quando a senhora lê esse tipo de coisa... qualquer coisa...
KJ: Oh, isso me chateia. Me deixa zangada.
SB: Mas na hora a senhora se diz, "Eu acredito em Deus que tudo isso acontece por um motivo."? A senhora encontra forças na sua fé espiritual que no final nada disso irá importar, que a vontade de Deus será feita?
KJ: Eu sinto assim. Se não fosse por minha fé, meu espírito e minha crença em Deus, eu não acho que eu teria conseguido com todas essas coisas que acontece com minha família e com Michael. Machuca mesmo. Mas você tem que rezar. É só assim que você consegue...
SB: Então é por isso o que a senhora tem que passar?
KJ: Sim.
SB: E a senhora disse para Michael em 1993 ou qualquer outra época, " Você deve se aproximar de Deus. Você precisa dessa fé. Isso é que vai ajudá-lo a superar isso."? Isso não é o dinheiro, o sucesso ou os fãs. Isso é uma relação forte com Deus?
KJ: Certo, certo. é. E eu sinto isso e aquilo. Uh [suspiro], bom, eu não consigo dizer.
SB: Bom, a maioria das pessoas, quando vão ficando mais famosas, elas ficam menos religiosas. É uma marca. Com a senhora parece que quanto mais famosa sua família ficava, mais religiosa a senhora ficava. A senhora segurou firme.
KJ: Aha. Sim. Não há nada mais para mim lá fora. Tenho orgulho dos meus filhos, do que eles fazem, e eles têm talento para isso. Mas mais que isso lá fora no mundo, não há nada. Por que satã é... e você pode acreditar ou não em mim...
SB: Oh, fale, fale abertamente...
KJ: Mhmmmm.
SB: Há coisas na minha fé que a senhora não concordaria. [ambos riem] Mas ambos somos pessoas de fá.
KJ: Bom, eu acredito que Satã é o deus do sistema*. A razão para eu dizer isso é por que... Todas as notícias que você ouve, notícias ruins... Todo mundo fazendo loucuras. E a Bíblia fala das crianças, nesses últimos dias, em como elas faltariam com respeito, amantes do dinheiro mais do que amantes de Deus e, como as crianças desrespeitam seus pais e os pais seus filhos. E é isso o que está acontecendo. Não acha?
SB: Absolutamente; Bom, é por isso que a senhora deveria vir amanhã à noite para se juntar a conferência de Michael [ no Carnegie Hall}. Será uma grande revelação contra o lado de Satã. A senhora deveria mesmo vir. O que me levou à Michael, e a senhora deveria ir ver o discurso dele amanhã, é a forma comovente que ele fala sobre como ninguém mais se senta para jantar com os filhos e que ninguém mais lê estórias para eles na hora de dormir. E sempre havia tiroteio nas escolas, ele me telefonou quando ele estava na Califórnia e eu em Nova Jersey. E ele disse, " Você ouviu? Outro garoto foi baleado!" e eu tentei mudar de assunto, mas Michael chorou.
KJ: Mhmm, mhmmm. Esse é o Michael.
SB: No meu aniversário, trouxemos a criança de um poster sobre uma campanha contra Leucemia. Michael veio ao meu aniversário e ela se sentou perto dele, essa garotinha de sete anos. E quando a mãe dela contou a estória da menina para ele, Michael chorou como um bebê. Foi inacreditável. A senhora é assim também?
KJ: Sim, eu sou.
SB: Então ele mesmo muito parecido com a senhora. Quero dizer, se eu quiser entendê-lo, eu tenho que entender a senhora.
KJ: Aha, mhmmm. E eu odeio isso em mim e Janet odeia também. [risos]
SB: Michael me falou sobre a senhora - que não consegue dizer não para ninguém. Pessoas te pedem as coisas e a senhora não consegue dizer não [risos]
KJ: Mhmmm, é difícil. E ele faz a mesma coisa. Eu disse para ele que tinha que aprender a dizer não.
SB: Isso vem dos seus pais? Eles eram gentis?
KJ: Mhmm, sim. Especialmente minha mãe. Meu pai era também.
SB: Então a senhora transmitiu essa tradição de gentileza para os seus filhos. Gentileza e a coisa mais importante.
KJ: Eu sinto assim. Às vezes quando se é pobre e não tem nada para dar, você dá amor, você se dá. E qualquer coisa que você tenha, como os pobres sempre fazem. Na minha juventude, meus pais sempre convidavam pessoas para comer, era tudo o que eles tinham, sabe.
SB: A senhora foi tratada de forma diferente na igreja por ser mãe dos Jacksons?
KJ: Oh, não, não, não, não, não.
SB: E a senhora gosta do fato de poder ser você mesma lá?
KJ: Sim. Eu gosto disso. Eu posso ser eu mesma. E havia uma moça na nossa congregação também que sempre se sentava perto de mim, era minha amiga e sempre estava em turnê com Diana Ross. E ela... [pausa na fita] O nome dela era Linda Lawrence e sabe eles tinham que desistir da turnê, mas ela foi à turnê com Diana, pegou o lugar de Mary. E ela passou a viajar como uma Supreme. Sabe, elas tinham muito antes de Diana e foi tratada do mesmo jeito. E na congregação da minha filha, ela foi tratada do mesmo jeito.
SB: Qual? Rebbie?
KJ: Rebbie.
SB: Ela também mora... Ela mora perto da senhora?
KJ: Ela morava. Ela mora em Las Vegas.
SB: Eu também queria fazer uma pergunta... Eu posso desligar isso, ou não. Mas Michael foi torturado, ele teve uma relação torturada com o pai. Não estou dizendo nada novo. Quero dizer, isso apareceu, como a senhora sabe, nas entrevistas e coisas assim.
KJ: Aha.
SB: A senhora provavelmente sabe que há, uh... Eu não sei o quanto ele falou do pai em público, mas uma das coisas mais famosas que ele já disse em público foi que certa vez o pai dele entrou na sala, e ele ficou com ânsias de vômito, por que ele tinha muito medo dele. A senhora s elembra disso?
KJ: Eu sei! Sim, eu me lembro dele dizendo isso. Ele costumava me contar e quando eu viajava com eles e ele sempre dizia, "Não traga Joseph." Eu perguntava, "Por que?" e ele dizia, " Eu literalmente..."
SB: Eu posso desligar isso se a senhora quiser.
KJ: Sim. Poderia, por favor?
SB: Claro.
Esse é o fim da entrevista com a mãe de Michael. Amanhã seguirá os capítulos com as melhores ( e mais engraçadas) revelações de Michael e as mais quentes também. Obrigada.
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amando tudo!!!
ResponderExcluira mãe de mike é maravilhosa!!!
eles realmente se parecem muito.
parabens pela tradução.
Bjos.
como deve ter sofrido com tudo que o mike passou, dona K ela deve ter ficado despedaçada com tudo que fizerram com o ele,fico triste com tanta injustíça, imagino uma maê!!!!DEUS á ajude a passar por esse sofrimento taõ grande , que foi a ida do nosso mike.
ResponderExcluirObrigada por ter postado dois cap.Michael Jackson eterno.
ResponderExcluirbeijos
mal posso esperar pra ver as partes quentes e engraçadas!
ResponderExcluirbjos!
Samela
Agora estou cada vez mais entendendo o Michael...
ResponderExcluirEstou amando.......
Bjs...